Uma Anatomia dos Mais Badalados Cursos On-Line

Autor(es): 

Libânia Rangel de Alvarenga Paes

Ano: 

2014

Pesquisa em foco: Vídeos nos MOOCs – Formato e Estrutura

Para prender a atenção dos alunos, os vídeos das principais plataformas de educação da internet são bem curtos, mas ainda há poucas atividades interativas.

Objetivo: Levantar os formatos e estilos usados em vídeos de aulas em plataformas de educação.

Raio X da pesquisa

• Seleção de cinco Massive Online Open Courses (MOOCs, sites voltados para educação que permitem disseminar cursos por todo o mundo): Coursera, EdX, Udacity, Khan Academy e Veduca.
• Avaliação de 13 cursos, dos seguintes temas: áreas nucleares de administração (finanças, marketing, gestão de pessoas e operações), soft skills (comunicação, negociação e liderança) ehard skills (estatística, análise de dados, lógica).
• Classificação de 820 vídeos por estrutura (duração, por exemplo), estilos, qualidade técnica de áudio e nível de interação.

Resultados

• Mais da metade dos vídeos duram menos de cinco minutos. É um patamar que segue as recomendações de especialistas, os quais sugerem que os vídeos de educação não tenham mais de dez minutos, e os podcasts, seis.
• Em cerca de 55% dos vídeos, aparece a gravação de uma apresentação em PowerPoint.
• Apenas 10% dos vídeos são de palestras/aulas.
• O instrutor ou professor aparece pelo menos uma vez em 69% dos vídeos. Na maior parte destes, é apenas para apresentar a aula e se despedir.
• Vídeos com professores presentes (ativos) são mais longos: o dobro do tempo dos demais.
• Disciplinas de soft skills (negociação, por exemplo) têm vídeos mais longos e apresentam maior concentração de palestra. As de hard skills preferem slideshows com interação do professor.
• O nível de interação durante os vídeos – com quiz e outras atividades, por exemplo – é baixo entre os MOOCs. Apenas Coursera e Udacity utilizam esse recurso, em 37% e 41% dos vídeos, respectivamente.

O que há de novo

• O formato do vídeo depende bastante da plataforma e da área de atuação.
• Não há muitos casos de inovação em comparação à sala de aula. A maioria dos vídeos mostra a dobradinha PowerPoint + professor narrador e são poucos os que oferecem alternativas diferentes de interação, como quiz e outras atividades.

Fale com a professora Libânia Rangel de Alvarenga Paes.