No contexto da redemocratização o Brasil ingressou em um novo período de mudanças institucionais, sociais e econômicas. Cenário de descentralização de competências constitucionais para o nível local junto a expansão do número de municípios. Nesse contexto surgiu a transição de governo no país, entendida como a passagem ordenada do poder. Em que pese sua relevância, a temática ainda é pouco investigada, sobretudo no nível local, reiterando a oportunidade da pesquisa. Essa dissertação buscou descrever e analisar os processos de transição em Araraquara e São Carlos ocorridos no ano de 2016. Para tanto, realizou-se um estudo de abordagem qualitativa, no que tange aos resultados tem característica aplicada. Quanto aos fins, a investigação é descritiva e exploratória, utilizando-se da técnica de estudo de caso como técnica global (STAKE, 1998). Foram efetuadas treze entrevistas exploratórias (BARDIN, 2008) com autores e atores que possuem experiências ou publicaram estudos sobre o fenômeno. A coleta de dados primários se deu pela condução de dezesseis entrevistas semiestruturadas com os partícipes do processo estudado, os dados secundários foram obtidos de fontes oficiais, como leis, atas e relatórios. Sobre esses documentos e outras fontes documentais foi realizada a análise documental (BELTRÃO e NOGUEIRA, 2011), em relação a análise dos dados primários, foi conduzida a análise de conteúdo (BARDIN, 2008). O estudo buscou colaborar para o desenvolvimento da esparsa literatura acadêmica brasileira sobre a transição de governo, descrevendo como o fenômeno ocorreu nos casos selecionados, suas características, problemas e possibilidades.