Um dos erros mais comuns e graves, que impactam diretamente na segurança do paciente é a iatrogenia causada pela prescrição inadvertida com reações medicamentosas. Ela tem sido justificada pelo excesso de trabalho, pelas condições laborais e pela insuficiente formação profissional. Na verdade, a iatrogenia deve ser vista como multicausal dentro dessa conjuntura, particularmente as provocadas por medicamentos e suas interações. Além dos potenciais prejuízos ao paciente, ela causa aos sistemas de saúde prejuízos cada vez maiores. Atualmente, as discussões de na área de saúde incluem esse tema no ideário da segurança do paciente, nela incluída a prevenção de reações medicamentosas. No Brasil os erros de medicação correspondem a 7% do volume de internações hospitalares, o equivalente a mais de 800 mil casos por ano. Diante de tamanho impacto na evolução do tratamento do paciente, diante dos custos relacionados e das pesquisas que recomendam ações imediatas, os profissionais e as instituições de saúde tem procurado formas de reduzir o problema e uma das alternativas avaliadas é, justamente, a utilização de sistemas de informação baseados em tecnologia. Estes sistemas podem atuar como ferramentas de suporte e apoio na tomada de decisão, atuando no cruzamento de dados de medicamentos, e gerando alertas em tempo real. Dentro desse contexto é que se insere o objeto de estudo dessa pesquisa que é o uso de sistema de prescrição eletrônica com alertas voltados para as reações medicamentosas. O objetivo geral dessa pesquisa foi identificar as interações medicamentosas com potencial ação adversa para os pacientes, registradas pelo sistema de prescrição eletrônica de um hospital na cidade de São Paulo. Tratase de estudo quantitativo, exploratório, descritivo que trabalhou com sistema de prescrição eletrônica em um hospital na cidade de São Paulo. A partir do momento da implementação do sistema de prescrição eletrônica na instituição analisada, houve um aumento no número de prescrições eletrônicas e de interações medicamentosas com redução na relação do número de interações medicamentosas por prescrição ao longo de 12 meses. A redução do volume de interações medicamentosas possibilita uma diminuição do risco de ocorrência de eventos adversos com potencial prejuízo à saúde do paciente, promovendo maior segurança e eficiência no tratamento da condição clínica do paciente.