Curso:
- MPGC
Área de conhecimento:
- Sustentabilidade
Autor(es):
- Claudia Cristina Gomes da Costa Steiner
Orientador:
Ano:
A criação de valor compartilhado – conceito introduzido por Porter e Kramer em 2011 no contexto de sustentabilidade e estratégia empresarial - vem sendo debatida como um caminho sustentável para os negócios em geral, apesar dos questionamentos sobre o real compartilhamento dos ganhos gerados e sobre a viabilidade de torná-los sustentáveis, em função de barreiras/dificuldades existentes. Há, no entanto, registros indicando empresas nas quais o investimento social privado consegue gerar benefícios para as partes envolvidas. Servindo-se de um estudo de caso único, em uma empresa do setor de agronegócio, procurouse conhecer um programa de investimento social privado que empresta, para as comunidades vizinhas, as florestas privadas de eucalipto para serem usadas como pasto apícola. E, por meio desse contexto, identificar, qualitativamente qual foi o impacto causado pelo projeto nessas comunidades, na empresa patrocinadora e na sua licença social para operar. Este trabalho dirige-se a essa pesquisa e, para realizá-la, contemplou levantamento de dados e entrevistas semiestruturadas (BARDIN, 2016) com a empresa foco do estudo, com membros da comunidade, técnicos e cooperativas participantes do programa. Também foi utilizada, para embasamento, a pesquisa bibliográfica de autores como Villar (2016), Porter e Kramer (2006, 2011), entre outros. Além disso, foram coletadas informações em órgãos governamentais e afins, tais como IBGE, EMBRAPA, BISC, GIFE, entre outros. Busca-se, essencialmente, atender ao questionamento se, de fato, o valor compartilhado neste caso é uma resposta à melhoria de qualidade de vida dos indivíduos, ao mesmo tempo em que gera positividade à empresa envolvida, conforme demonstrado pela pesquisa. Almeja-se, assim, criar um referencial para tais questionamentos, atualmente defasados em termos de pesquisas empíricas.