Curso:
- MPGC
Área de conhecimento:
- Estudos Organizacionais
Autor(es):
- Claudio Eugenio Neszlinger
Orientador:
Ano:
As sociedades contemporâneas presenciam o que se pode considerar como o período de maior integração e miscigenação de culturas da história da humanidade, com impactos no comportamento social, impulsionadas pela internet e por ferramentas tecnológicas que encolheram distâncias, facilitaram o acesso ao conhecimento e a obtenção e armazenamento de dados em quantidade e velocidade até então impossíveis. Novas análises, estudos e comparações revelaram, de forma quase incontestável, alguns aspectos da própria sociedade que, anteriormente, eram na melhor das hipóteses percepções ou achismos de difícil comprovação, como os pertinentes ao ambiente das empresas que tem impacto na cultura organizacional: as questões de clima, satisfação de empregados e engajamento. Nesse trabalho, por meio da metodologia de estudo de caso, o autor escolheu o recorte gênero, e analisou as pesquisas com maior representatividade no universo das empresas, realizadas no Brasil, que se propõem a medir clima organizacional, satisfação e engajamento de empregados: 150 Melhores Empresa para Trabalhar (FIA / Revista Você S.A.), Melhores Empresas para Trabalhar (Great Place to Work / Revista Época), As Melhores na Gestão de Carreira (Mercer / Revista Valor Carreira) e Pesquisa Mulheres (Great Place to Work). Examinou-se de que forma abordam a equidade de gêneros nas organizações, a existência de políticas que estimulem a inclusão e ascensão profissional de mulheres, e a percepção dos empregados em geral sobre esses aspectos. A análise dessas pesquisas permite concluir que que a equidade de gêneros não é por elas tratada com a devida importância. Apesar de ser tema em evidência na sociedade, as organizações têm desenvolvido de maneira lenta suas ações voltadas para ele, mesmo aquelas que se destacam como as melhores para se trabalhar no Brasil. Apenas uma das pesquisas (Pesquisa Mulher), elaborada especificamente para esse fim, é capaz de explicitar a percepção dos empregados em relação ao tema. Independentemente da abordagem metodológica adotada, é imprescindível explicitar, através de perguntas claras, que dimensões da equidade de gêneros se deseja investigar. A inclusão dessas questões, de forma objetiva, permitirá às empresas elaborar análises e autocríticas essenciais para, além de obterem um diagnóstico relevante, serem capazes de elaborar planos de ação de curto, médio e longo prazos que efetivamente incluam o tema na cultura organizacional, de forma perene e consistente, com reflexos positivos na sociedade em geral.