Economia Compartilhada: características empreendedoras do provedor

Curso: 

  • MPGC

Área de conhecimento: 

  • Gestão da Informação

Autor(es): 

  • Glauco Dias dos Santos

Orientador: 

Ano: 

2020

As tecnologias digitais estão ampliando as opções para as pessoas obterem bens e serviços. As plataformas de economia compartilhada se apresentam como uma solução com potencial de crescimento considerável nos próximos anos. Elas surgem para conectar pessoas que buscam um bem ou serviço com uma plataforma (B2C) ou com pessoas (P2P) que o oferece. Apesar de casos de sucesso de plataformas de economia compartilhada, observa-se muitos casos de insucesso. A literatura apresenta estudos focados nos desafios da plataforma para criar e ampliar sua rede de clientes e provedores, aprisionamento, questões jurídicas e regulatórias, motivações e barreiras para a adesão e o que influencia a confiança na utilização da plataforma. No caso de P2P, pode ocorrer uma relação desequilibrada entre as partes. A plataforma age para conectar e gerenciar a comunidade, atuando em banir membros que tiveram má avaliação ou em casos de conflito, além de orientar sobre processos mapeados. Porém, a plataforma atua apenas como orquestrador, e o provedor, dono do produto ou serviço, acaba assumindo grande parte do risco do negócio, perspectiva pouco abordada na literatura. Nesse contexto, esse trabalho aplicado foi desenvolvido buscando identificar características empreendedoras de personalidade e capital humano que são desejadas para os provedores que participam de uma plataforma de economia compartilhada. Foi realizado um estudo de caso exploratório utilizando dados secundários públicos de uma plataforma de economia compartilhada do tipo carsharing (compartilhamento de carros) P2P. Por meio da análise qualitativa de quatro entrevistas públicas da CEO Tamy Lin da empresa Moobie disponíveis na web e de uma entrevista com um profissional que atua na recuperação de veículos de locadoras de veículos, foi feito um comparativo entre o negócio de locação de veículos tradicional (através das locadoras de veículos) e o oferecido por uma plataforma de carsharing P2P, observando-se os respectivos riscos e responsabilidades em cada cenário por ator. Foi possível observar várias características empreendedoras que auxiliam o provedor como: conhecimentos do negócio, capacidade de gerenciar riscos e ter uma rede de relacionamentos. Essa abordagem pode ser utilizada para entender outras plataformas de economia compartilhada do ponto de vista do provedor, figura central em casos de P2P.

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