A indústria de shopping center apresentou, desde o surgimento no mercado brasileiro forte crescimento. Esse segmento se desenvolveu a partir do modelo americano e ganhou relevância na preferência do consumidor de um modo geral. Por muitos anos, esses templos de consumo foram um dos locais mais importante para as pessoas, pois atendiam as necessidades de consumo e convivência. Entretanto, mudanças sociodemográficas e tecnológicas alteraram essa dinâmica, ao que parece, de forma definitiva, desafiando o segmento. Esse contexto se intensificou com o avanço da internet e a ascensão do mercado eletrônico. Em virtude de tantas incertezas no futuro dos shoppings no Brasil, esse trabalho se propõe a estudar as ameaças e oportunidades para 2040. Para tanto, busca, através da metodologia de cenários prospectivos, apresentar possibilidades ao setor para daqui a vinte anos. A elaboração desse estudo contou com colaboração de atores do mercado de todas as regiões do país, através de pesquisas quantitativas e entrevistas pessoais, o que proporcionou o aprofundamento de diversos temas que proporcionarão o desenvolvimento destes possíveis cenários. Sendo assim, apresentamos um breve histórico da indústria de shoppings centers no Brasil e no mundo, seus atributos, ameaças e oportunidades, dando ênfase para as mudanças de comportamento dos consumidores. Com a aplicação da metodologia de cenários prospectivos, identificou-se duas forças motrizes, denominadas canal de vendas e comportamento do consumidor. A partir delas foram desenvolvidos quatro cenários: 1) Connect Center, 2) Avatar Mall – a vida virtual, 3) Shopping Humanológico e 4) Living Center. A conclusão do trabalho apresentará que o segmento tem passado por profunda transformação que deixarão mudanças definitivas. Apesar de não ser possível determinar o que o futuro reserva aos shopping centers, é fato que o modelo atual não se manterá, pois fatores como a evolução tecnológica, mudança de comportamento do consumidor, alteração da pirâmide etária brasileira e a condição sócio econômica das pessoas poderão gerar um movimento disruptivo ao setor.