VAREJO: ÉTICA NAS RELAÇÕES ENTRE OS AGENTES DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DO SUPERMERCADO

Autor(es): 

Fábio Yazbeck Delalibera - Orientadora: Profª Maria Cecília Coutinho de Arruda

Ano: 

2007

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] No primeiro momento do projeto, estávamos interessados em conhecer questões éticas que existem nas relações entre fornecedores e supermercadistas. O objetivo secundário era analisar a pressão que fornecedores podem exercer sobre varejistas supermercadistas e vice – versa. Entretanto, decidimos que, se focássemos em um tema mais especifico, o trabalho poderia apresentar maiores frutos. Sendo assim, escolhemos estudar relação entre a rede varejista Wal Mart e seus stakeholders, com foco maior no Brasil, mas também levaríamos em conta questões de outros países. [METODOLOGIA] Foi buscado um referencial teórico com base em revisão de literatura pertinente ao tema. Para isso, foi pesquisado o ABI Inform, ampla base de dados disponível na Biblioteca da FGV-EAESP, e publicações científicas específicas, como o Journal of Retailing. Realizamos uma leitura atenta dos principais periódicos que tratam do assunto. Entre estes destacamos, os periódicos: Revista Veja, Revista Exame, Jornal O Estado de S. Paulo, Jornal Folha de S. Paulo, Jornal Valor Econômico. Além destes, utilizamos a Internet para que pudéssemos encontrar informações do Wal Mart em outras partes do mundo. [RESULTADOS] A rede norte americana Wal Mart possui como lema: preços baixos todos dias. Dessa forma, a empresa parece usar e abusar do seu poder de barganha, para apresentar um menor preço final a seu consumidor. No entanto, isso ocorre de maneira conflituosa, com bastante freqüência. Estima-se que, para cada emprego gerado por uma grande rede, entre 3 e 5 demissões são ocasionadas. (LAINSIGNIA, 2007). Essas, dentre outras atitudes fazem com que o Wal Mart seja considerado uma das cinco empresas mais irresponsáveis do mundo, do ponto de vista da gestão: social e ecológico. Além da rede varejista, compõem essa lista: Dow Chemical, Shell, KPMG e Nestlé. Segundo a organização Olho Público em Davos, tais empresas “claramente ilustram o lado negativo da globalização econômica”. (Observatório Social, 2007). [CONCLUSÃO] Como fora discutido ao longo do trabalho, notamos que há um longo caminho a ser percorrido para que a empresa seja considerada ética e socialmente responsável. Notamos que a preocupação da população com os aspectos sociais e ambientais está cada vez maior. Isso fez, e acreditamos que continuará fazendo, com que a rede comece a olhar com mais atenção os seus parceiros, apesar dos deslizes cometidos no passado. Enfim, aproveitando a análise do Caso Wal Mart, parece-nos que a ética nas relações entre os agentes da cadeia de suprimentos de supermercados pode e deve ser motivo de pesquisas mais profundas e publicações mais freqüentes. É o nosso incentivo ao desenvolvimento de estudos ulteriores sobre o tema.

Departamento: 

MCD

Anexos: