O NOVO PAPEL DO BRASIL E DO G-20 NAS NEGOCIAÇÕES DE COMÉRCIO INTERNACIONAL NA OMC: UMA INVESTIGAÇÃO CONTINUADA

Autor(es): 

Ivy Suemi Shinohara - Orientadora: Profª Jolanda Eline Ygosse Battisti

Ano: 

2006

[INTRODUÇÃO] No final da V Conferência Ministerial em Cancun da OMC em setembro de 2003, houve a iniciativa de se formar um grupo de países em desenvolvimento com o objetivo de alinhar seus interesses principalmente no que tange ao comércio agrícola mundial e os meios para transpor os obstáculos impostos pelos países desenvolvidos. O nome dado ao grupo foi G-20 e atualmente os países membro são: África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, China, Cuba, Egito, Filipinas, Guatemala, Índia, Indonésia, México, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Tailândia, Tanzânia, Uruguai, Venezuela, e Zimbábue. A principal preocupação do grupo é o comércio agrícola mundial em que estão inseridos juntos com os Estados Unidos e os membros da União Européia. A questão a ser respondida é: se fosse formada uma coalizão de livre comércio entre os países do G-20, será que haveria um aumento no poder de barganha principalmente nas negociações com os EUA e a União Européia?  [METODOLOGIA] Para tentar responder essa questão, foi feito um estudo comparativo quantitativo das características econômicas e sociais dos países do G-20. Além de serem comparados entre si, comparou-se também o G-20 e Estados Unidos e União Européia; tais comparações abrangeram desde os principais produtos agrícolas exportados e produzidos até índices de população agrícola e PIB. Outras informações também foram analisadas, tais como as reuniões realizadas e o que foi discutido nelas; qual era a formação inicial do grupo e quais foram os países que saíram e os que entraram até chegar a formação atual e o histórico do G-20.. [Resultados] O resultado dos estudos comparativos aponta uma concentração de 70% da população agrícola mundial nos países do G-20 e menos de 1% da mesma nos EUA e EU. Além disso, 20% do PIB do G-20 deve-se à agricultura e 50,7% da população do grupo trabalha no setor agrícola. [CONCLUSÃO] Concluiu-se que, sendo o setor agrícola de extrema relevância ao PIB e à população do G-20, melhoras no acesso do grupo ao mercado agrícola mundial são cruciais para o seu desenvolvimento tanto econômico quanto social; ou seja, as negociações com os países desenvolvidos, principalmente EUA e UE, deveriam ser mais justas (diminuindo o protecionismo e as barreiras alfandegárias) e as regras não deveriam ser ditadas apenas por tais países.

Departamento: 

PAE

Anexos: