MODELO DE DADOS FLEXÍVEL PARA ANÁLISE FUNDAMENTALISTA MODERNA: UM ESTUDO GERAL COM DADOS NO BRASIL

Autor(es): 

Guilherme de Araujo Gonçalves - Orientador: Rodrigo Marotti Togneri

Ano: 

2021

[INTRODUÇÃO] Atualmente, com os dados sendo armazenados cada vez mais em nuvem por questões de segurança, backup e maiores facilidades no acesso, o custo computacional encontra-se em grande relevância. Apesar das aplicações serverless reduzirem CAPEX com servidores e estruturas iniciais, o OPEX agora torna-se mais importante, uma vez que os modelos de serviço em nuvem são pay-per-use. Dessa forma, reduzir o custo computacional de processamento e de armazenamento torna-se uma condição primária para aumento do lucro operacional de empresas que dependem de grandes quantidades de dados. O aumento da quantidade de dados e do surgimento de áreas mais especializadas como Big Data e Ciência de Dados fomenta o debate quanto a estrutura tabular ser a melhor forma de armazenamento de dados. A contraparte do modelo relacional é o modelo não relacional, conhecidos popularmente como banco de dados SQL e banco de dados NoSQL, respectivamente. Dessa forma, o intuito desse trabalho é demonstrar que um modelo de dados flexível para análise e precificação de ativos permite análises mais profundas e com menor custo frente às principais técnicas e dados disponíveis. [METODOLOGIA] Para realização desta pesquisa, decidiu-se por realizar um estudo de caso empírico com dois bancos de dados de diferente estrutura, mas com o mesmo conteúdo: informações contábeis de empresas brasileiras. Os dados financeiros foram obtidos do portal de dados abertos da CVM, sendo focado nos dados de empresas listadas visto que o objetivo é fornecer um banco de dados que possa ser utilizado para precificação de ativos por meio de análise fundamentalista. [RESULTADOS] O modelo final de dados NoSQL consiste em um objeto para cada empresa existente na bolsa de valores. Dentro desse objeto há as informações cadastrais obtidas do próprio site da B3. Além das informações cadastrais da bolsa brasileira, há também as informações financeiras obtidas da CVM, sendo essas as informações mais importantes para a realização do valuation das empresas. Em comparação com o modelo de dados SQL, o modelo flexível apresentou menor espaço de armazenamento, maior velocidade de processamento e melhor adaptação na precificação de ativos para diversos modelos. Contudo, uma desvantagem significativa foi o tempo de arquitetura e programação que se demonstrou maior no modelo não estruturado. [CONCLUSÃO] Embora algumas métricas quantitativas podem ser observadas nesse estudo específico, salienta-se aqui que o banco de dados utilizado ainda foi pequeno para conclusões puramente computacionais, embora aponte-se uma superioridade do modelo NoSQL. Quando comparado com um banco de dados SQL em nuvem com as mesmas capacidades de processamento, as consultas NoSQL apresentaram maior velocidade e os dados demonstraram menor espaço de armazenamento. O grande ponto de destaque verificado com o estudo é que, qualitativamente, a estruturação de uma base de dados flexível auxilia a realização do valuation de empresas, pois permite compreender maiores aspectos sobre a estrutura contábil e de negócios da empresa a ser analisada. Quanto ao custo computacional, sugere-se realizar um estudo acoplando modelos de valuation mais complexos aos modelos de dados para obter a conclusão correta.

Anexos: