A Expansão das Cooperativas de Crédito e a Inclusão Financeira

Autor(es): 

Eduardo H. Diniz e Lauro Gonzalez

Ano: 

2015

Pesquisa em foco: The recent adoption of correspondent banking by credit unions in Brazil: Financial inclusion or mimetism?

Assim como os bancos tradicionais, cooperativas vêm usando correspondentes bancários para ganhar eficiência, e não necessariamente para adequar os serviços aos anseios dos clientes mais pobres.

Objetivo: Investigar se a adoção do modelo de correspondente bancário por cooperativas de crédito tem promovido a inclusão financeira.

Raio X da pesquisa

• Estudos de caso nos dois maiores sistemas de cooperativas de crédito: Sicoob e Sicredi

• Levantamento de documentos e pesquisa de campo nas cidades de Panambi, Ijuí, Bozano e San Miguel, todas no Rio Grande do Sul.

• Realização de 22 entrevistas, com gestores de cooperativas e de correspondentes, clientes, prefeitos e presidentes de associações industriais e comerciais

 Resultados

• Assim como os bancos tradicionais, as cooperativas de crédito vêm adotando o sistema de correspondentes bancários para chegar à população mais carente do Brasil. O modelo de correspondentes permite a expansão da rede a um custo menor do que o da inauguração de uma filial, e, assim, as cooperativas conseguem chegar a locais onde não seria financeiramente viável ter uma unidade.

• O foco das cooperativas têm sido o de possibilitar, por meio dos correspondentes, que os clientes paguem suas contas num local mais próximo de suas residências. No entanto, não há relação clara entre essa prioridade e uma proposta de maior inclusão financeira.

O que há de novo

• As cooperativas vêm adotando, cada vez mais, o modelo de correspondentes bancários – eram apenas 50 estabelecimentos em 2007, número que subiu para 3.300 em 2014. Os gestores das cooperativas dizem que a adoção dos correspondentes visa melhorar a inclusão financeira. Mas a pesquisa mostrou que o principal objetivo nessa estratégia é igual ao dos bancos tradicionais: melhorar a eficiência do processo de gestão das cooperativas.

• No futuro, conforme as cooperativas ganhem mais experiência no uso do canal de correspondentes, pode ser que adotem uma postura mais inovadora voltada ao aumento da inclusão financeira

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