A Construção do Brasil sob uma Nova Ótica

Autor(es): 

Luiz Carlos Bresser G. Pereira

Ano: 

2014

Pesquisa em foco: A construção política, econômica e social do Brasil desde a Independência.

O Brasil é uma sociedade contraditória porque em alguns momentos age como nação e, em outros, se subordina aos países desenvolvidos; e só voltará a ter uma estratégia nacional com a aplicação de uma estratégia desenvolvimentista que administre competitivamente a política cambial.

Objetivo: Analisar a construção política do sistema econômico, da nação e do Estado brasileiro, desde a Independência.

Raio X da pesquisa

• Análise histórica envolvendo: o período imperial, a Revolução Capitalista (nacional e industrial), o período de baixo crescimento desde 1980.
• Utilização do quadro teórico do Novo Desenvolvimentismo, estratégia para países de renda média que tem como base teórica a macroeconomia desenvolvimentista. Um dos pontos centrais dessa corrente é a avaliação de que os países em desenvolvimento se endividam em moeda estrangeira e estão sujeitos a crises de balanço de pagamentos, enquanto os países desenvolvidos se endividam em sua própria moeda e estão sujeitos a crises bancárias, apenas. Assim, a taxa de câmbio tem um papel decisivo no desenvolvimento de países como o Brasil.

Resultados

• A história do Brasil pode ser dividida em três ciclos da relação Estado-sociedade: Ciclo Estado e Integração Territorial (1822-1889); Ciclo Nação e Desenvolvimento ou Revolução Capitalista (1930-1977); Ciclo Democracia e Justiça Social (1977-2010).
• O Brasil é uma sociedade contraditória porque é nacional-dependente. Em certos momentos, age como uma nação, em outros, suas elites subordinam-se ao Ocidente ou ao Império.
• Na era da globalização, as exportações cresceram mais do que a produção, e a competição econômica entre os países aumentou. Os países ricos pressionam os países em desenvolvimento para que adotem políticas que não atendam aos interesses nacionais.
• Se o governo não tiver coragem de manter a taxa de câmbio competitiva, se usar a taxa de câmbio e o preço das empresas estatais para ajudar a controlar a inflação, se deixar-se levar pela crença de que os problemas da economia são sempre de insuficiência de demanda e que podem ser resolvidos com o aumento dos salários, se não garantir que os salários cresçam na proporção da produtividade de modo a manter a taxa de lucro em um nível satisfatório, as empresas não investirão, e o governo fracassará.

O que há de novo

• A aplicação sistemática do Novo Desenvolvimentismo permite compreender o desenvolvimento e as crises econômicas do Brasil.
• Para que o Brasil volte, de fato, a ter uma estratégia nacional de desenvolvimento, a condição econômica principal é a existência de uma política cambial que neutralize a tendência de sobreapreciação cíclica da taxa de câmbio.

Fale com o professor Luiz Carlos Bresser G.Pereira.  

Conheça as pesquisas realizadas pelo professor Luiz Carlos Bresser G.Pereira.