A falta de acesso a uma infraestrutura habitacional adequada é um problema que afeta milhares de famílias no Brasil. A má qualidade da habitação pode ser uma fonte de consequências indesejáveis que pode impedir a superação da pobreza. A presente dissertação explora alguns resultados que podem ter origem em moradias inadequadas, mas que não são comumente abordados na formulação de políticas. Em parceria com a ONG TETO Brasil, conduzi um ensaio clínico randomizado para avaliar em que medida o programa habitacional da organização alivia o bem-estar mental subjetivo e medidas preventivas de comportamento contra o COVID-19 das famílias beneficiadas. Os resultados apoiam a afirmação de que a intervenção do TETO aumenta o bem-estar mental no curto prazo, mas tem efeitos nulos nas medidas comportamentais na luta contra o COVID-19. Descobertas adicionais destacam a importância dos componentes sociais do programa habitacional do TETO para explicar esses resultados. A TETO melhora o comportamento pró-social entre os participantes do programa. Por exemplo, a TETO aumentou as normas de confiança e reciprocidade, bem como as redes e os laços sociais dos beneficiários.