Curso:
- MPGC
Área de conhecimento:
- Sustentabilidade
Autor(es):
- Alessandra Cristina Azevedo
Orientador:
Ano:
Um dos principais desafios das empresas atualmente é como garantir a criação de valor aos acionistas ao mesmo tempo em que contribuem para o desenvolvimento sustentável. Como parte fundamental na sociedade, têm grande responsabilidade quanto ao gerenciamento dos seus processos de forma sustentável, e podem minimizar o impacto de suas operações ao meio ambiente e contribuir para o progresso social ao incorporarem a sustentabilidade na estratégia de negócio. O desafio não se refere mais a “se”, mas sim a “como” endereçar as questões de sustentabilidade nos processos de tomada de decisão. Saúde bem-estar e seus determinantes sociais e ambientais são elementos centrais na agenda para o desenvolvimento sustentável e o debate sobre as mudanças climáticas renovou a atenção para a relação entre sustentabilidade e saúde, sendo que vários estudos ressaltam os riscos à saúde humana decorrentes dos efeitos adversos das mudanças climáticas. O estudo da sustentabilidade no setor hospitalar é recente e muitas vezes associado à responsabilidade social que é inerente ao setor, qual seja, promover e proteger a vida e a saúde da população. Apesar desta característica inerente ao setor, os hospitais são reconhecidos como instituições que geram grande impacto ambiental, pois operam ininterruptamente durante todo o ano, sendo grandes consumidores de recursos naturais e geradores de resíduos e efluentes líquidos. Sem atuar com responsabilidade sobre os possíveis impactos, a operação de um hospital pode contribuir fortemente para o esgotamento dos recursos naturais e mudanças climáticas e, consequentemente, promover efeitos negativos à saúde humana. Assim, o setor hospitalar tem uma responsabilidade dobrada na promoção e proteção da saúde humana. Este trabalho visa investigar como a sustentabilidade está permeada na estratégia de uma unidade hospitalar, Hospital Alfa, localizada na cidade de São Paulo, usando como referência o modelo de criação de valor sustentável desenvolvido por Hart e Milstein (2004), ferramenta que permite um diagnóstico simples, mas relevante sobre o desempenho de uma empresa no que tange às práticas de sustentabilidade. A partir de análise individualizada e comparativa a práticas de mercado, os resultados demonstram que há um desequilíbrio entre os quadrantes do modelo, o que indica que a instituição pode estar perdendo oportunidades de criar valor de longo prazo e contribuir para o desenvolvimento sustentável.