Gestão de Riscos Associados às Mudanças Climáticas na Cadeia de Suprimentos do Setor Têxtil: estudo de caso de uma empresa varejista

Curso: 

  • MPGC

Área de conhecimento: 

  • Sustentabilidade

Autor(es): 

  • Mauro Paradella da Silva

Orientador: 

Ano: 

2020

As mudanças climáticas antropogênicas, resultantes da emissão contínua de gases de efeito estufa, estão causando o aquecimento do planeta. As projeções do aumento da temperatura em aproximadamente 1,5°C até 2050, e entre 3,7°C e 4,8°C até o final do século (IPCC, 2014a), caso a emissão de gases de efeito estufa continue a aumentar no ritmo atual, indicam consequências econômicas e sociais severas. O setor agrícola compõe o setor primário da economia e é extremamente vulnerável às mudanças climáticas. A partir de cenários futuros de emissões de gases de efeito estufa desenvolvidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, são previstas perdas da produtividade de diversas culturas agrícolas. A produção de algodão está entre as commodities agrícolas que serão afetadas internacionalmente pelas mudanças climáticas o que poderá representar um risco no fornecimento de matéria-prima para o setor da indústria têxtil. Esse estudo analisa esse possível risco a partir do estudo de caso de uma grande empresa varejista do setor têxtil à luz de modelos de gerenciamento de riscos na cadeia de suprimentos e estratégias de mitigação de Jüttner et al. (2003); Manuj e Mentzer (2008); Chang et al. (2015); e Meinel e Abegg (2017). A unidade de análise é risco de fornecimento de algodão na cadeia de suprimentos da empresa focal. A metodologia de pesquisa qualitativa compreendeu 10 entrevistas com 5 membros da empresa focal, 5 membros representantes de organizações de diferentes elos de sua cadeia de suprimentos e análise documental. O estudo compara a percepção sobre os impactos do risco sob diferentes pontos de vista e busca identificar estratégias de mitigação para o risco. Considerando as estratégias de mitigação identificadas, conclui-se que poucas dessas estratégias são atualmente praticadas pela empresa focal, permanecendo esta vulnerável a riscos climáticos futuros.

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