[INTRODUÇÃO] O presente trabalho tem como objetivo analisar a mais nova palavra dentro do conceito de remuneração, o sistema de remuneração variável, a partir dos estudos de programas de empresas e conhecimento dos consultores da área. [METODOLOGIA] A metodologia adotada compreendeu estudos de programas de remuneração variável que obtiveram êxito no Brasil a partir dos anos 90, estudos sobre o conceito de remuneração em livros de Direito da biblioteca da EAESP/FGV, bem como entrevistas com Sérgio Amad Costa, consultor especializado, e palestra sobre essa nova forma de remuneração proferida por profissionais renomados da área jurídica. [RESULTADOS] A pesquisa possibilitou a elaboração de um trabalho que abordou praticamente todos os pontos inerentes a essa nova forma de remuneração, mais adequada ao ambiente de maior competitividade presente em épocas de globalização, na qual aumentos de produtividade e conseqüente redução de custos terminam por diferenciar e mesmo determinar a sobrevivência das empresas, a médio e longo prazos. Dentro desse contexto, foram analisados o item pacote de remuneração, a diferença entre participação nos lucros e participação nos resultados, comentários e críticas à Medida Provisória lançada pelo Governo que regulamentou a questão, as dificuldades de implantação de novas formas de relação entre capital e trabalho com o regime estatutário de leis trabalhistas que vigora no Brasil, programas de remuneração variável bem sucedidos implementados recentemente no Brasil e pontos-básicos que qualquer programa de remuneração variável que objetive o êxito deve conter. [CONCLUSÃO] Percebemos que a tendência cada vez mais caminha no sentido de termos programas de remuneração variável presentes na grande maioria das empresas, como forma de comprometer mais o trabalhador nas atividades da empresa, dividir a parcela de risco com seu corpo de funcionários e, principalmente, reduzir os custos. A principal regra que, ao final, deverá determinar o êxito ou não de um programa de remuneração diz respeito ao modo como o programa está relacionado com a realidade de cada empresa. Preocupa, ainda, o fato de o Governo impor a remuneração variável como uma obrigatoriedade, fato que pode comprometer a própria base sobre a qual a idéia está sustentada, ou seja, a disposição dos empregadores de premiar a produtividade.