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[INTRODUÇÃO] O objetivo da pesquisa é mensurar o impacto dos pesquisadores brasileiros no mundo e apontar onde estão suas limitações para um protagonismo internacional, além de desenhar as principais tendências temáticas das pesquisas na área e esboçar o perfil do acadêmico de acordo com a localidade. A grande questão que o artigo busca responder é: Como e o que pensam os acadêmicos brasileiros? [METODOLOGIA] O método quantitativo utilizado foi a listagem dos corpos editorias das revistas classificadas em A1 (2014) nas áreas de Economia e Administração, Ciências Contábeis e Turismo, identificando a instituição de ensino e a origem da mesma para cada editor. Os principais editores dos periódicos com categoria A2 nas mesmas áreas também foram listados. A origem dos periódicos e o fator H (Scopus) foram levados igualmente em conta. Por último, todas as publicações de 2016 das cinco revistas com maior fator H de cada área foram registradas e categorizadas dentro de doze classificações criadas pelo artigo. [RESULTADO] Descobriu-se um cenário intelectual dominado pelos Estados Unidos e Reino Unido, sem a presença significativa de editores brasileiros nas principais revistas do mundo. O controle das principais revistas e universidades com maior influência por esses dois países permite a imposição do que será pesquisado no Brasil, não existindo soberania intelectual. Em relação as publicações das principais revistas, dos 906 artigos listados apenas seis se referem ao Brasil, mostrando a inexistência brasileira para o contexto internacional. [CONCLUSÃO] O artigo buscou entender por último o porquê de certos países possuírem a hegemonia do saber enquanto outros não possuem relevância alguma, revelando que não há relação com a Renda per Capita ou População de uma nação. O domínio intelectual é fruto de causas ainda desconhecidas para o Brasil e não será alcançada apenas com desenvolvimento econômico. A principal conclusão é entender que a desvalorização da nossa produção intelectual é um problema interno e não externo, dado as regras impostas pela QUALIS ao classificar um periódico que, como na área de Economia, discriminam revistas apenas por serem brasileiras. Além disso, identificar o que certas instituições de ensino brasileiras realizaram para quebrar essa barreira e alcançar protagonismo internacional pode ser outra solução possível para o país. Assim, o caminho mais rápido para o fortalecimento da academia brasileira é a valorização da produção interna, buscando exemplos nacionais para problemas brasileiros.