ONDE, QUANTO E COMO INVESTIR EM TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO PARA A MELHORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO

Autor(es): 

Alana Zampol Imaizumi - Orientadora: Profª Celina Martins Ramalho

Ano: 

2011

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] O presente trabalho tem como principal objetivo desenvolver um estudo sobre a relação entre o desenvolvimento econômico e os investimentos em educação realizados desde 1990 até o ano de 2009, abordando de que forma a variável educação afeta diretamente o desenvolvimento econômico e quais são as perspectivas de investimento e de crescimento da correlação entre ambos. Por meio de análises histórica, quantitativa e teórica, foram realizadas projeções para os futuros investimentos em educação perspectivas das principais conseqüências de tais investimentos no desenvolvimento econômico do país. [METODOLOGIA] A primeira parte da pesquisa consistiu na leitura e estudo bibliográfico de livros e artigos referentes ao tema da educação e do desenvolvimento econômico, tais como Amartya Sen, Robert Solow e Charles Jones. Na segunda etapa, o histórico brasileiro foi analisado em duas partes: histórico educacional e desempenho econômico, a partir de dados de FMI, IPEA data, INEP, entre outros, posteriormente ligando as duas pesquisas em uma análise conjuntural sobre o tema. Finalmente, com a realização de quatro entrevistas foi possível realizar a análise crítica e a conclusão sobre a relação entre educação e desenvolvimento econômico, assim como sugestões sobre a tendência dessa relação para o futuro próximo. [RESULTADOS] As tentativas de crescimento e contenção dos problemas econômicos existentes se concentraram principalmente no investimento em capital físico, com o incentivo à industrialização e ao fortalecimento do mercado interno. Não houve preocupação devida em relação ao capital humano, bem como a tecnologia existente no país. De antemão, isso justificaria porque, mesmo depois de um grande crescimento econômico, o Brasil ainda é considerado um país em desenvolvimento com profundas defasagens em áreas sociais, como saúde e educação. O que ocorreu a partir dos anos 90 foi a tentativa de minimizar as dificuldades encontradas pela falta de capital humano, que impediu o país de crescer no mesmo ritmo ou se equiparar a outros países desenvolvidos. As oportunidades de desenvolvimento econômico por meio dos investimentos em educação, ainda que não possa ser precisamente calculada, se apresenta como um aspecto que pode explicar o atraso do país, e também como uma solução definitiva para muitos problemas socioeconômicos que influenciam no desenvolvimento brasileiro. [CONCLUSÃO] A relação entre educação e desenvolvimento econômico segue uma linha contínua que interliga e correlaciona ambas as variáveis, em que investimentos em capital humano podem ser potencializadores do desenvolvimento, ao passo que de tal desenvolvimento emerge a grande necessidade de investimentos em educação que sirvam de base para a manutenção da economia. Analisando a conjuntura econômica atual, pode-se concluir que a defasagem no quadro educacional foi um limitante do desenvolvimento econômico brasileiro, e que, no entanto, não impediu o seu crescimento. Embora o país esteja crescendo economicamente, não sabemos que ponto do desenvolvimento pode-se atingir sem um capital humano forte que sustente tal desenvolvimento. Sobre projeções futuras, concluí-se que pouco pode ser previsto e definido sobre essa relação, pois é incerto defini-la de forma objetiva e concreta, e como esses resultados – tanto positivos quanto negativos – poderiam adquirir proporções maiores com o passar dos anos.

Departamento: 

PAE

Anexos: