[INTRODUÇÃO] Com o programa de estabilização, tornou-se claro o peso que os problemas da previdência social exercem sobre o déficit público brasileiro. A deterioração do equilíbrio da previdência básica no Brasil gerou a necessidade de reformar o sistema atual e incentivar o desenvolvimento do sistema complementar. Depois da estabilidade, a demanda pela previdência privada cresceu, e foi atendida basicamente pelas instituições abertas. [METODOLOGIA] Foi feita uma análise da experiência mundial dos planos privados abertos, enfocando a experiência dos Estados Unidos e do Reino Unido. O dimensionamento do mercado brasileiro baseou-se nos dados disponíveis na Associação Nacional de Previdência Privada, na Superintendência de Seguros Privados e nos dados divulgados na imprensa. A estratégia foi estudada por meio de entrevista e dados secundários das maiores empresas que atuam no segmento. [RESULTADOS] A crise da previdência pública e a crescente busca de alternativas pelos segmentos de rendas média e alta são responsáveis pelo grande crescimento do setor de previdência complementar. As estratégias das empresas atuando no mercado de previdência complementar aberta no Brasil foi descrito, incluindo o dimensionamento do mercado atual, a identificação dos produtos existentes, a avaliação do potencial de crescimento e as dimensões estratégicas mais importantes nesta indústria. [CONCLUSÃO] Este trabalho analisou como as estratégias implementadas pelas empresas estão conseguindo aproveitar as oportunidades existentes e contornar as dificuldades mencionadas. Isto está sendo feito através do lançamento de produtos novos (principalmente para um público segmentado), da análise do perfil de investidor (aumentando o grau de customização dos planos), da fidelização e retenção dos clientes. As estratégias para atingir um público maior incluem a utilização da internet, redes de varejo, maior transparência na administração de fundos, redução das taxas de administração e economia de escala.