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[INTRODUÇÃO] A indústria automobilística no Brasil é muito ampla. Os imensos recursos financeiros que este setor movimenta diariamente na produção de veículos de passeio, principalmente, responde por milhares de empregos, diretos e indiretos. Diante disto, a indústria automobilística tornou-se elemento vital para a economia, não só do Brasil, mas de um modo geral para todos os países industrializados. Países como Reino Unido, Japão e Alemanha cuja exportação de veículos é essencial para manter o equilíbrio de suas balanças comerciais, demonstram o quanto este setor é importante para o crescimento de uma nação. Com a possível implantação da ALCA, e a abertura de mercados para os países-membros, uma nova dinâmica no comércio regional prevalecerá sobre as decisões de investimentos e na estratégia das empresas da indústria automobilística. A importância do Brasil como player decisivo no fluxo comercial desta nova área de livre comércio torna o trabalho de se estudar a fundo os possíveis impactos na estratégia da indústria automobilística brasileira, uma tarefa fundamental para contribuir no desenvolvimento econômico, visto que aquilo afeta diretamente o emprego de milhares de trabalhadores e na consolidação do Brasil como peça atuante no mercado internacional. [METODOLOGIA] A estratégia da pesquisa esteve fundamentada em duas etapas: busca bibliográfica e entrevistas com pessoas bem informadas sobre o ramo. Na primeira etapa, fez-se um levantamento histórico do setor automobilístico, no Brasil e no Mundo, através de autores consagrados pela literatura do setor como James Womack. Buscou-se também estudar o funcionamento de uma Área de Livre Comércio através de exemplos em funcionamento, como a NAFTA, o Mercosul e a União Européia. Em seguida, fez-se uma coleta de dados e informações em publicações de entidades que periodicamente levantam estatísticas e dados da produção e do desempenho do mercado automobilístico brasileiro, caso da ANFAVEA, da FENABRAVE e da ABEIVA. Outros estudos setoriais foram analisados de entidades como o IPEA e o BNDES. Após o levantamento bibliográfico procedeu-se as entrevistas com especialistas e estudiosos do setor e a participação em congresso sobre o tema da ALCA. [RESULTADOS] Muitos dos pontos levantados durante a pesquisa bibliográfica puderam ser avaliados e testados com as entrevistas e, com isso, montou-se uma cadeia lógica dos possíveis impactos que uma abertura comercial implicariam nas estratégias da indústria automobilística brasileira com outros mercados. [CONCLUSÃO] Os prováveis termos do acordo da ALCA não imporão significativas barreiras à produção e ao comércio de veículos de passeio, pois seu principal articulador e interessado, os EUA, é altamente competitivo e buscará expandir suas exportações para os países da ALCA. Para o Brasil, a ALCA é necessária pois o custo de ficar de fora é muito elevado para a indústria automobilística brasileira. No contexto da ALCA, a estratégia da indústria brasileira é alavancar as exportações para os países da América Latina, cuja demanda possui algumas semelhanças e posteriormente, com o aumento da competitividade atuar nos grandes mercados desenvolvidos. Um ponto importante a destacar é o tratamento dado pelo governo nas questões tributárias, monetárias e comerciais que podem beneficiar ou prejudicar o desenvolvimento da indústria automobilística brasileira, e conseqüentemente afetar a saúde econômica do país.