ESPERANÇA DE STATUS SOCIAL E PERDA DE PERCEPÇÃO DE RISCO RELACIONADA ÀS MARCAS DE LUXO

Autor(es): 

Julia Maalouli Hajli - Orientador: Prof. Delane Botelho

Ano: 

2014

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] Esta pesquisa analisa de que maneira o grau de esperança do consumidor influencia seus níveis de percepção de risco e intenção de compra com relação às consequências de seus hábitos de consumo. O objeto de estudo foi o setor de bens de luxo, incluindo qualquer artigo que se encaixe no conceito. Entende-se que há alto grau de esperança envolvido no processo de compra desse tipo de produto, assim como diferentes formas de risco. [METODOLOGIA] A pesquisa empírica foi dividida em duas fases. Na primeira, de caráter exploratório com abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas em profundidade para obter informações mais pessoais a respeito do comportamento dos indivíduos no consumo de bens de luxo. Esse procedimento possibilitou a elaboração de hipóteses a serem estudadas na segunda etapa. Esta foi de natureza qualitativa, em que foi elaborado um experimento para analisar o efeito da variável independente, esperança, nas variáveis dependentes, percepção de risco e intenção de compra. Após a coleta de dados por meio de questionários na plataforma Qualtrics, numa amostra de 63 mulheres, procedeu-se a ANOVA para testar as hipóteses propostas (H1: a esperança reduz a percepção de risco e; H2: a esperança aumenta a intenção de compra). [RESULTADOS] A confiabilidade das escalas (Alfa de Cronbach) das variáveis dependentes e de controle (envolvimento do consumidor) foi satisfatória (acima de 0,6). H1 e H2 foram suportadas pela análise estatística de regressão. Com esses resultados, pode-se demonstrar que o acréscimo nos níveis de esperança reduz a percepção de risco do consumidor e aumenta sua intenção de compra, na amostra estudada. Os resultados dessa pesquisa fornecem suporte à hipótese de que altos níveis de esperança diminuem a percepção de risco do consumidor e aumentam sua intenção de compra, em relação a produtos de luxo. O estudo indica que um consumidor esperançoso é capaz de subestimar os riscos atrelados ao consumo desse tipo de produto, como o endividamento e a insatisfação. [CONCLUSÃO] Por fim, este estudo contribui com insights a respeito do comportamento do consumidor de bens de luxo no Brasil, considerando a expansão de 239% entre 2006 e 2012, além da inclusão de aproximadamente 64 milhões de brasileiros das classes A, B e C nesse setor do mercado desde 2003.

Departamento: 

MCD

Anexos: