DERIVATIVOS X GESTÃO EMPRESARIAL

Autor(es): 

Melissa Munari Magnus - Orientador: Prof. Antonio Carlos Manfredini

Ano: 

1997

[INTRODUÇÃO] A criação dos mercados de derivativos foi uma resposta à necessidade surgida de mecanismos capazes de transferir risco entre os agentes econômicos. Muitas empresas, no entanto, por fazerem uso destes instrumentos de maneira inadequada, em lugar de beneficiarem-se, sofreram perdas astronômicas. Esta pesquisa teve por objetivo compreender a dinâmica de funcionamento destes mercados, enfatizando a grande vantagem comparativa trazida pela eficiente administração do risco, bem como o potencial de perdas ocasionadas pelo mau uso. Desta forma, pretendeu-se formular um estudo que pudesse auxiliar administradores a tomarem decisões estratégicas de gestão, avaliando os prós e contras de fazer-se uso de tais instrumentos. [METODOLOGIA] A metodologia utilizada foi basicamente pesquisa bibliográfica e debates a respeito dos conceitos aprendidos e de sua aplicação prática com o orientador. Foram ainda feitas visitas à Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) e à Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) de São Paulo para melhor compreensão de como os contratos de derivativos são efetivamente negociados nas bolsas. [RESULTADOS] A pesquisa bibliográfica permitiu constatar a complexidade do tema e revisar os objetivos da pesquisa, que inicialmente foram estipulados de maneira excessivamente ampla. A investigação foi então redirecionada, visando basicamente o estudo da dinâmica dos mercados de derivativos. Foi possível compreender e explorar os beneficios que tais mercados proporcionam à economia, bem como as falácias do mau uso dos mesmos. De posse destes dados, foi então possível elaborar recomendações práticas que têm por finalidade guiar empresas em sua decisão de fazer uso ou não destes mercados em suas estratégias de gestão. [CONCLUSÃO] Com o objetivo inicial modificado, foi constatado que não existem regras no que tange à quando empresas devem ou não fazer uso de derivativos posto ainda que não existem suficientes casos práticos registrados para formularem-se proposições consistentes. Foi possível no entanto, através do estudo dos registros dos casos disponíveis até o momento estipular diretrizes básicas quanto ao uso dos mesmos. Apesar das várias divergências sobre o tema o ponto de maior concordância é de que instituições não financeiras deveriam utilizar-se de derivativos apenas para protegerem-se de exposições ao risco diretamente relacionadas ao seu core business, e de modo que estes instrumentos estivessem integrados na estratégia da organização como um todo. Desta forma as empresas não desviariam-se de seu objetivo primeiro.

Departamento: 

PAE

Anexos: