A BANCADA SINDICALISTA (1987/1995)

Autor(es): 

Guilherme Alaga Pini - Orientadora: Profª Silvia Ingrid Lang

Ano: 

1995

Instituição: 

FGV

A redemocratização do Brasil ocorrida a partir de meados dos anos 70 permitiu a formação do sistema pluripartidário e permitiu que setores sociais até então excluídos também pleiteassem a participação no Congresso Nacional, via eleições, entre eles os líderes sindicais. O levantamento bibliográfico mostrou que a preocupação básica dos estudiosos é o processo de redemocratização e a consolidação do regime democrático. O tema específico da pesquisa - os,deputados com militância sindical anterior - é objeto de poucos estudos acadêmicos, no geral inseridos em estudos sobre a composição do Congresso. No entanto, a imprensa diária e semanal publicou - não de forma sistemática e absolutamente correta - importantes dados para a nossa pesquisa, sobretudo nos momentos pós-eleições. Os dados mostram que a bancada sindicalista cresceu acentuadamente na legislatura 1991/1994 e manteve-se praticamente a mesma na legislatura subseqüente. Os sindicalistas são eleitos basicamente pelos Estados da região Sul e Sudeste; a maioria é oriunda de sindicatos de classe média, muitos vinculados ao serviço público ou a empresas estatais: em seguida estão os representantes de sindicatos operários, com predominância de metalúrgicos; o sindicalismo rural é parcamente representado. Os deputados sindicalistas concentram-se basicamente no PT e em pequenos partidos de esquerda (PC do B e PPS). Os dados mostram que a bancada sindicalista ainda é muito pequena não correspondendo à força do movimento sindical e tampouco representa as várias correntes atuantes no sindicalismo, a sua atuação na Câmara é em prol do interesses gerais dos trabalhadores, não se articulando como representante de interesses corporativos. Por serem minoritários dentro da Câmara sua atuação não interfere nos rumos da política nacional, exceto quando cumprem determinações partidárias.

Departamento: 

ADM

Anexos: