Vulnerabilidade Social e Poder Local

Autor(es): 

Tiago Corbisier Matheus e Lucio Bittencourt

Ano: 

2015

Pesquisa em foco: Vulnerabilidade Social e poder local entre jovens e organizações no Jardim Ângela, Jardim São Luis e proximidades: Educação e cultura como eixos estratégicos

Espaços educacionais e culturais na região paulista de M’Boi Mirim promovem estratégias locais de emancipação que destoam da visão hierárquica das políticas dominantes

Objetivo: Identificar estratégias locais nas áreas de educação e cultura na periferia de São Paulo para lidar com a vulnerabilidade social enfrentada por jovens.

Raio X da pesquisa

• Mapeamento de ações nas escolas e grupos de cultura da região do Jardim São Luis, Jardim Ângela e adjacências (M’Boi Mirim, região com mais de meio milhão de habitantes). • Realização de entrevistas com agentes de 15 escolas públicas e espaços de formação complementar.

• Formação de grupo de trabalho com diretores e coordenadores de escolas públicas do estado do entorno do Alto do Riviera.

Resultados

• Apesar dos investimentos atuais realizados na área de cultura da região, os recursos disponíveis são incompatíveis com as dimensões da população local.

• Há pouca articulação entre escolas entre si e com os espaços de educação complementar da região, o que restringe o potencial de transformação da realidade.

• A relação entre professor e aluno sofre a influência de políticas de gestão pautadas pela busca de resultados quantitativos, provocando o afastamento de jovens menos identificados com o universo escolar, o que os coloca em condição de maior vulnerabilidade escolar.

• Os jovens querem ser escutados e reconhecidos em suas particularidades, o que raramente acontece nas escolas, e mais frequentemente em espaços de educação complementar (como centros de juventude e escolas para jovens e adultos). Nesses espaços, educadores, funcionários e jovens constroem juntos estratégias de emancipação e formação cidadã.

• Ao mesmo tempo, M’Boi Mirim apresenta uma profusão de ações culturais, com diversas linguagens e modalidades de arte, promovidas pela comunidade local, como expressão dos desafios enfrentados, afirmação de direitos e de posição protagonista na cena social.

O que há de novo

• A investigação mostrou que há espaços que oferecem acolhimento aos jovens da periferia e uma educação democrá- tica, apesar da gestão cultural dominante hierárquica.

• A pluralidade e a efervescência da ação cultural local mostram a potência do saber local para reagir aos desafios enfrentados e criar alternativas de expressão e posicionamento na cena social.

Entre em contato com o professor Tiago Corbisier Matheus

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