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Pesquisa em foco: Macroeconomia e economia política do novo desenvolvimentismo
Não adianta só estimular a demanda. No Brasil, é preciso administrar ativamente a taxa de câmbio para evitar sua sobrevalorização crônica e cíclica.
Objetivo: Desenvolver uma teoria macroeconômica para países de renda média como o Brasil.
Raio X da pesquisa
• Análise e proposta de solução para as crises econômicas cíclicas do Brasil.
Resultados
• Em países em desenvolvimento, como o Brasil, a demanda agregada não é suficiente para estimular os investimentos e o pleno emprego. A taxa de câmbio também tem que ser competitiva.
• A taxa de câmbio em países como o Brasil tende a uma sobreapreciação crônica no longo prazo. Isso ocorre porque há exploração de recursos abundantes e baratos, cujas produção e exportação são compatíveis com uma taxa de câmbio mais apreciada do que aquela que tornaria competitivos negócios industriais que utilizam modernas tecnologias. Para estes serem viáveis, precisariam ter uma produtividade superior à de companhias estrangeiras na proporção do desequilíbrio da taxa de câmbio Quando a taxa de câmbio fica supervalorizada, empresas em setores de maior valor agregado não conseguem exportar, e, pior, perdem internamente demanda para concorrentes estrangeiros – não porque são ineficientes mas por conta das distorções cambiais.
• A taxa de câmbio em países como o Brasil tende também a uma sobrepreaciação cíclica, pois a sua supervalorização causa deficits em conta-corrente que levam a crises financeiras. Isso ocorre por quatro motivos principais: (1) a crença de que o País tem que atrair poupança externa; (2) o uso da taxa de câmbio para controlar a inflação (mesmo quando isso não é necessário); (3) a prática dos especuladores que compram moeda nacional contando com a apreciação do câmbio após uma forte desvalorização; e (4) a ação populista de valorizar o câmbio para aumentar momentaneamente a renda e riqueza dentro do País.
• Há duas soluções para resolver a sobreapreciação da taxa de câmbio: (1) taxar a exportação de commodities (para combater o problema crônico); e (2) administrar diariamente as entradas e saídas de capital via controle de capitais ou via compra e venda de reservas (para combater o problema cíclico).
O que há de novo
• Para evitar crises financeiras e acelerar o crescimento, países como o Brasil precisam adotar uma política econômica ativa de gestão da taxa de câmbio que combata sua tendência de supervalorização crônica e cíclica
Entre em contato com o professor Luiz Carlos Bresser-Pereira
Conheça as pesquisas realizadas pelo professor Luiz Carlos Bresser-Pereira