Por que os Funcionários Faltam Tanto ao Trabalho

Autor(es): 

Fabiana Maluf Rabacow, Ana Maria Malik e Olinda do Carmo Luiz

Ano: 

2014

Pesquisa em foco: Estilo de vida de trabalhadores, absenteísmo e gastos com serviços de saúde.

Uma análise dos níveis de absenteísmo em uma companhia aérea indica que cargo, nível de estresse e tabagismo são alvos importantes a considerar em programas de saúde das empresas.

Objetivo: Avaliar o impacto de fatores de risco relacionados ao estilo de vida no absenteísmo.

Raio X da pesquisa

• Coleta de dados de mais de 2.200 trabalhadores de uma empresa aérea nacional (operacionais, call center, tripulação e administrativos) junto à empresa, aos trabalhadores e ao plano de saúde corporativo. O perfil da amostra foi: 58% mulheres, 74% com ensino fundamental completo, 40% com nível de estresse elevado.

Resultados

• No ano acompanhado pela pesquisa, 53,5% dos empregados faltaram ao menos um dia ao trabalho por motivo de doença (percentual mais alto do que os 39% auferidos em pesquisa realizada no Brasil com trabalhadores da indústria automotiva).
• Funcionários jovens, com menor nível educacional, membros da tripulação de bordo e profissionais com maior nível de estresse foram os que mais faltaram ao trabalho.
• O tipo de trabalho influencia mais que o nível educacional, porque acaba afetando também os fatores de estilo de vida (atividade física, peso e tabagismo).
• Sem considerar os fatores sociodemográficos, o fator mais importante de estilo de vida que levou ao absenteísmo foi o tabagismo – não apenas fumantes, mas também ex-fumantes, são mais propensos a faltar ao trabalho por problemas de saúde.

O que há de novo

• As empresas podem controlar melhor o absenteísmo com programas de promoção de saúde voltados ao controle do tabagismo e a ações por tipo de trabalho.
• Quanto ao tabagismo, é importante considerar não apenas ações para diminuir o número de fumantes como também de suporte a ex-fumantes.

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