A Política da Política Monetária no Brasil, de 1808 a 2014

Autor(es): 

Kurt Mettenheim

Ano: 

2015

Pesquisa em foco: Monetary statecraft in Brazil, 1808-2014

Uma análise histórica entre 1808 e 2014 mostra como os tomadores de decisões monetárias debateram-se com recursos e informações limitadas e pressões de todos os lados.

Objetivo: Elaborar uma visão alternativa e histórica sobre a gestão da política monetária no Brasil. 

Raio X da pesquisa

• Análise dos processos políticos relacionados aos regimes monetários a partir de levantamento historiográfico entre 1808 e 2014.

• Utilização de centenas de fontes primárias recentemente digitalizadas e dados novos sobre os ativos e passivos nos portfólios de setores das economias.

• Formulação de uma teoria alternativa para análise da política monetária, a partir do que o autor chama de monetary statecraft, a política envolvida nas regras, políticas e procedimentos para: produzir dinheiro; fornecer fundos ao governo além de impostos e tarifas; alocar recursos no Estado e na sociedade; e moldar os mercados – procurando balancear o suporte político interno, a realidade econômica e a confiança deles.

Resultados

• A reconstrução da política por trás da política monetária desde 1808 mostra que tomadores de decisões monetárias reagiram, ao longo da história, às circunstâncias e imperativos políticos; adaptaram ideias do exterior; e se debateram diante de informações imperfeitas e de uma racionalidade limitada para moldar dinheiro, crédito, bancos, mercados e desenvolvimento.

• Os riscos e benefícios das reformas monetárias (que crescem com, por exemplo, o acesso aos mercados internacionais de dinheiro) e a construção da capacidade do Banco Central não são lineares, pois sua viabilidade depende do que é possível politicamente diante das consequências, em termos distributivos, para a sociedade.

• Desde 1994, com o fim da inflação inercial, os custos para ajustar choques externos têm sido altos, e o legado do subdesenvolvimento ainda é cruel. No entanto, novos canais monetários para a inclusão social surgiram e transformaram o que é visto normalmente em economia como uma relação de soma zero em um ciclo de resultados positivos.

O que há de novo

• A teoria de monetary statecraft permite mostrar como os elaboradores de políticas reagem às circunstâncias com recursos restritos, racionalidade limitada, informação imperfeita – e pressões de mercados, interesses sociais e forças políticas.

• O período recente (a partir de 1994) mostra que as políticas monetárias podem se deslocar numa nova direção para acelerar a inclusão social com base tanto em conceitos como justiça social e cidadania quanto no equilíbrio de mercado e nos direitos de propriedade.

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