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Pesquisa em foco: Primórdios da pós-graduação em administração: O PNTE e a EAESP na disseminação dos programas brasileiros
Programa brasileiro desenvolvimentista financiou a criação de cursos de mestrado com influência norte-americana, mas, ao mesmo tempo, promoveu conhecimento nacional.
Objetivo: Entender o papel do governo federal na criação da pós-graduação stricto sensu em administração no Brasil.
Raio X da pesquisa
• Pesquisa qualitativa que se concentrou sobre período de 1972 a 1976 do Programa Nacional de Treinamento de Executivos (PNTE) e ajudou na implantação de cursos em quatro universidades (UFRJ, UFMG, João Pinheiro e FGV-EAESP) com valores que hoje somariam cerca de 50 milhões de reais.
• Investigação de documentos sobre atas de reunião do Conselho Departamental da FGV-EAESP na década de 1960. • Entrevistas com os professores e ex-professores.
Resultados
• O PNTE inseriu-se na lógica desenvolvimentista do I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), momento em que o governo militar fazia esforços para a criação e consolidação da pós-graduação no Brasil. Era um período em que o nacionalismo ora se confrontava, ora se conformava à influência dos EUA.
• Apesar de a FGV-EAESP ter contado com apoio da Fundação Ford nos primeiros anos após a sua criação, nos anos 1970, a escola passava por dificuldades em relação aos seus fluxos de caixa. Ao mesmo tempo, era difícil manter o quadro docente diante da competição das empresas que buscavam esses profissionais. Nesse contexto é que foram estabelecidas regras mais claras para a criação de uma pós-graduação stricto sensu.
• Na atuação do convênio do PNTE na EAESP, ficaram evidentes diversas dificuldades, relacionadas à dedicação dos professores, remuneração e produtividade por áreas de pesquisa.
• Em 1976 um ano antes da criação da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração (ANPAD), o PNTE se enfraqueceu e passou da FINEP ao CEBRAE. Ainda assim contribuiu indiretamente, para o estabelecimento da associação que desempenha, desde então, papel importante na institucionalização da pós-graduação em administração no Brasil
• O curso permitiu a consolidação de um corpo de professores permanente e incentivou a realização de pesquisas. O que há de novo
• O apoio do governo federal foi fundamental para a consolidação da pós-graduação stricto sensu em administração na FGV-EAESP, assim como em outras universidades.
• Ainda que o PNTE tenha contribuído para a difusão da matriz estadunidense que vigorava na FGV-EAESP, o programa também contribuiu para a formação de quadros e, consequentemente, de um pensamento localizado nacionalmente.
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