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Pesquisa em foco: Recompra de ações no mercado aberto brasileiro e retornos anormais de longo prazo.
Investidores que aplicam em papéis de empresas que acabaram de anunciar programa de recompra de ações tendem a obter retornos superiores à média.
Objetivo: Examinar o desempenho de longo prazo de ações de empresas listadas na BM&F-BOVESPA que fazem anúncios de programas de recompra dos próprios papéis para verificar se existem retornos anormais.
Raio X da pesquisa
• Montagem de carteiras de investimento com ações de empresas que realizaram anúncios de programas de recompra dos próprios papéis no período de 2002 a 2013.
• Elaboração de estratégia de investimento do tipo buy-and-hold, de compra e manutenção das ações em um horizonte de até três anos.
• Separação de empresas em duas amostras: a do tipo crescimento (com valor de mercado mais alto em comparação ao valor contábil, geralmente de setores em expansão) e a do tipo valor (com valor de mercado mais baixo em relação ao valor contábil, geralmente de setores maduros). Particularmente empresas do tipo valor podem fazer programas de recompra para se aproveitarem de uma possível subavaliação de ativos.
Resultados
• Para um horizonte de três anos de investimento, o retorno anormal médio foi superior a 9% ao ano, o que mostra que o mercado brasileiro não é muito eficiente, pois, se o fosse, nem aqueles com informações privilegiadas sobre as empresas (como seus administradores) seriam capazes de obter retornos anormais.
• Para empresas do tipo valor, o retorno anormal médio chegou a superar 17% ao ano. Empresas do tipo valor tendem a fazer programas de recompra para aproveitar uma possível subavaliação de ativos.
O que há de novo
• Trata-se da primeira pesquisa a estudar os retornos anormais de longo prazo associados a uma estratégia de investimento baseada em anúncios de recompra de ações com dados do mercado brasileiro.
• Os resultados mostram evidências de que os anúncios de programas de recompra de ações no mercado aberto oferecem sinais confiáveis de que o preço na bolsa de valores está subavaliado.
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