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Pesquisa em foco: Programa Cultura Viva e o campo organizacional da cultura: Análise de políticas públicas pela perspectiva institucionalista
Uma política mais inclusiva de financiamento a ações culturais não trouxe ruptura, e, sim, a assimilação e fortalecimento das ações mais estruturadas burocraticamente.
Objetivo: Analisar transformações ocorridas no campo cultural no Estado de São Paulo a partir da implantação de um novo modelo de política pública.
Raio X da pesquisa
• Pesquisa sobre a implementação do programa federal Arte, Cultura e Cidadania – Cultura Viva, criado em 2004 com o intuito de incentivar organizações culturais já existentes nas comunidades excluídas dos circuitos de financiamento moldados pelo mecenato.
• Realização de levantamento em formato survey com gestores dos chamados pontos de cultura (organizações selecionadas pelo programa que passam a integrar uma rede de ações culturais) em São Paulo, com 31 respostas.
• Realização de entrevistas com gestores de políticas públicas e de pontos de cultura de organizações de diferentes perfis. • Levantamento de dados referentes a financiamento, projetos selecionados e financiados pelas políticas culturais, e convênios firmados com o poder público.
Resultados
• As organizações e instituições mais fortes – e mais densas – permaneceram como principais atores do campo cultural, independentemente das propostas de mudança em curso.
• Para se adequarem ao novo programa e disputarem as linhas de financiamento, muitas organizações se profissionalizaram, e algumas passaram a ter artistas que acumularam funções burocráticas – correndo o risco de perder o foco de sua ação cultural.
• Como o Programa Cultura Viva é estrutura em rede, houve troca de conhecimentos e experiências entre gestores para fortalecimento das ações e da visibilidade pública – mas uma parte das instituições, minoritária, não se identificou com a rede.
O que há de novo
• A política de inclusão de novas organizações culturais não levou a uma ruptura em relação ao modelo anterior. Pelo contrário, a tendência foi a reprodução da mesma lógica de profissionalização para a disputa de recursos.
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