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Pesquisa em foco: Resposta à emergência de um biodesastre: Epidemia do Ebola no Oeste da África
As ações ineficientes da comunidade internacional mostram que é necessário desenvolver novos modelos e instrumentos para lidar com biodesastres de larga escala.
Objetivo: Identificar os desafios enfrentados por profissionais humanitários em uma operação emergencial de resposta a um biodesastre, a partir do caso da epidemia do Ebola.
Raio X da pesquisa
• Análise de comunicações de mídia, jornais científicos e relatórios.
• Realização de entrevistas com quatro profissionais humanitários que participaram da operação da resposta à epidemia do Ebola em 2014 no Oeste da África pelas maiores e mais relevantes agências e organizações humanitárias do mundo.
Resultados
• O medo de contágio representou o maior desafio para o recrutamento de profissionais de saúde, pois a taxa de letalidade do Ebola chega a 90%.
• Com a resposta tardia e insuficiente da comunidade internacional, houve dificuldades em prever ações diárias. O planejamento era reavaliado de acordo com o momento, o que aumentou ainda mais a sensação de insegurança dos profissionais em campo.
• A eficácia da logística para apoiar as ações de campo foi comprometida nesse processo de difícil planejamento, provocando rupturas nos suprimentos de medicamentos, equipamento de proteção individual e em outros materiais necessários.
O que há de novo
• O risco do Ebola foi subestimado pela comunidade internacional, resultando em ações ineficientes. Houve insuficiência de recursos humanos, materiais e financeiros, além de desconhecimento antropológico e social das áreas afetadas, e falhas na tomada de decisão.
• A pesquisa revela a dificuldade em se usarem procedimentos de logística humanitária convencional diante de problemas mais severos. A experiência anterior com a epidemia do Ebola, antes restrita a regiões rurais e florestas, não se mostrou adequada quando o vírus expandiu-se para um ambiente urbano, o que mostra a necessidade de desenvolvimento de novos modelos e instrumentos de gestão para lidar com biodesastres expandidos.
• Deve-se levar em consideração a baixa resiliência dos vários envolvidos para responder a biodesastres, manter as funções e retornar rapidamente às funções anteriores.
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