Autor(es):
Ano:
Pesquisa em foco: Uncovering micro-practices and pathways of engagement that scale up social-driven collaborations: A practice view of power
Em vez de gastarem energia com quem vai controlar recursos escassos, plataformas de colaboração social podem ser mais efetivas se delegarem poder para a cocriação de recursos abundantes.
Objetivo: Compreender como uma plataforma de colaboração consegue engajar os cidadãos para que lutem coletivamente pela melhoria da qualidade de vida de sua cidade.
Raio X da pesquisa
• Estudo de caso entre 2007 e 2012 da Rede Nossa São Paulo (NSP), que envolveu cerca de 700 organizações para melhorar indicadores (cultura, saúde, educação) e conseguiu conquistas como a instauração do Plano de Metas e a consolidação do Observatório Cidadão.
• Análise de documentos, reportagens e entrevistas.
• Construção de um modelo de engajamento que explica como colaborações de larga escala levam a mudanças sociais e políticas.
Resultados
• Três categorias interdependentes de engajamento foram encontradas: mobilização (que envolve o bombardeamento de informações a todos e o convite a audiências específicas); organização (via processos de facilitação de infraestrutura do debate, suporte a ações de deliberação e elaboração de sínteses e artefatos); e ação (divulgação de documentos e promoção de eventos; colocação em prática de propostas por meio de pressão a autoridades; e realização de parcerias)
• Em vez de centralizar o controle de recursos escassos, a Rede Nossa São Paulo baseou-se no compartilhamento de informações e conhecimentos (recursos que são abundantes), de modo a mobilizar os mais diversos atores e fazer com que estes se organizem. Durante o processo, houve a gestão descentralizada e delegada para cocriação de novos recursos.
O que há de novo
• É preciso desafiar a visão predominante na área de administração, de gestão de recursos escassos, para compreender e estimular grandes colaborações que visam mudanças sociais e políticas.
• Uma plataforma de colaborações de natureza heterogênea requer um articulador oriundo da sociedade civil que delegue poder e que facilite a produção de novos conhecimentos de maneira híbrida e de baixo para cima (bottom-up).
Entre em contato com a professora Marlei Pozzebon
Conheça as pesquisas realizadas pela professora Marlei Pozzebon