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É nítida e rápida a popularização da maioria dos bens duráveis de consumo no Estado de São Paulo, nos últimos vinte anos. Colaboram para isso a universalização da oferta domiciliar de eletricidade, água encanada, esgotos, e a tendência ao barateamento dos bens. Entre outros efeitos, tal popularização deteriora a eficácia das escalas de classificação sócio- econômica baseadas na posse de itens de conforto doméstico, suscitando freqüentes revisões e discórdias no interior da comunidade de marketing. Este estudo sistematiza estatísticas sobre situação domiciliar e posse de itens de conforto doméstico no Estado de S. Paulo, e mostra como isso afeta o consumo material e cultural. Finalmente, aponta que é chegada a hora de se usar mais e melhor variáveis como educação, profissão, qualidade do domicílio, tal como se faz em países desenvolvidos, para o entendimento mais pleno das mudanças que implantam no Brasil a moderna sociedade de consumo.