VULNERABILIDADE NO TRABALHO E POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Autor(es): 

Fabio Luiz Romolu - Orientador: Prof. André Luiz Silva Samartini

Ano: 

2007

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] Este projeto está inserido dentro do Programa de Pesquisa Integrado: Microcrédito para famílias de baixa renda do município de São Paulo. Por meio deste foi possível caracterizar a Vulnerabilidade no Trabalho das famílias pesquisadas na primeira fase do Programa de Baixa Renda (PBR). O conceito de Vulnerabilidade no trabalho foi adaptado a partir da definição de Vulnerabilidade Social utilizada pela Fundação SEADE na Pesquisa de Condições de Vida (PCV) para a Região Metropolitana de São Paulo. [METODOLOGIA] A pesquisa foi feita a partir do banco de dados da Pesquisa de Baixa Renda (PBR), que possui dados a respeito de 450 domicílios situados na condição de baixa renda, ou seja, até quatro salários mínimos, de nove distritos do município de São Paulo. A partir de dados colhidos neste questionário, foi possível adaptar conceitos da Pesquisa de Condições de Vida na Região Metropolitana de São Paulo, realizada pela fundação SEADE. Para proceder com a formação do índice de vulnerabilidade foi preciso criar grupos com os indivíduos da pesquisa. Para tanto, foi necessário utilizar um processamento estatístico exploratório - CHAID – Chi Square Automatic Intersection Detection – que permitiu identificar e hierarquizar os indivíduos segundo sua renda. A técnica do CHAID é utilizada para construir árvores em que cada nó é identificado por uma condição de divisão, que pode ser o tipo de ocupação, nível de escolaridade ou idade, dependendo da significância estatística. A pesquisa teve duas etapas básicas: a criação do índice de vulnerabilidade para o chefe de família e a criação do índice de vulnerabilidade para a família. [RESULTADOS] Por meio desta metodologia, chegou-se à formação de seis grupos para o chefe de família, sendo que o Grupo 1 era de indivíduos com Idade entre 18 e 50 anos ; com tipo de ocupação Empregados Domésticos, Autônomos, Outros, Não trabalham ; do sexo Feminino; o Grupo 2 Idade entre 50 e 84 anos ;  do sexo Feminino; o Grupo 3 Idade entre 50 e 84 anos ;  do sexo Masculino; o Grupo 4 Idade entre 18 e 50 anos ; com tipo de ocupação Assalariados, Empregadores e Profissionais Liberais ; com nível de escolaridade até o ensino Fundamental; o Grupo 5 Idade entre 18 e 50 anos ; com tipo de ocupação Empregados Domésticos, Autônomos, Outros, Não trabalham ; do Sexo Masculino; o Grupo 6 Idade entre 18 e 50 anos ; com tipo de ocupação Assalariados, Empregadores e Profissionais Liberais ; com nível de escolaridade Ensino Médio ou mais. Os grupos estão hierarquizados a partir de suas rendas médias, da menor renda (Grupo 1) para a maior renda (Grupo 6). Formados os grupos para o chefe, foi preciso criar grupos para o segundo membro mais bem inserido, sendo que o Grupo 1 é formado por indivíduos do sexo feminino; o Grupo 2 Indivíduos do sexo masculino com escolaridade até Ensino Fundamental; o Grupo 3 Indivíduos do sexo masculino com escolaridade a partir do Ensino Médio ou mais. A partir da combinação entre os grupos, foi possível classificar as famílias segundo sua qualidade de inserção: de inserção péssima (0) até inserção ótima (6). [CONCLUSÃO] Foi possível perceber a importância do estudo para uma melhor inserção qualitativa das famílias, mostrando que os grupos melhores inseridos foram aqueles que os indivíduos tinham melhor instrução escolar. Além disso, foi possível perceber que as mulheres ainda estão em situação mais vulneráveis que os homens. Esta pesquisa pode ser utilizada como base no aprofundamento das causas da vulnerabilidade das famílias de baixa renda.

Departamento: 

IMQ

Anexos: