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[INTRODUÇÃO] O estudo da improvisação organizacional tem ganhado espaço entre os acadêmicos em administração. As relações entre os membros de uma organização, a forma como trabalham, foram bastante modificadas nos últimos séculos, das relações de trabalho de Taylor, às organizações modernas. Competição e cooperação, práticas comuns nas organizações, passaram a ser mais estudadas, tendo analogias com campos de artes, principalmente o Jazz, mas também, culturas alternativas, como a música indiana e o repente, onde essas relações são igualmente comuns. Neste estudo, procuro mostrar como as relações de competição e cooperação estão ligadas à esses três campos artísticos: Jazz, Música Indiana e Repente do Brasil, e como isso afeta as organizações. Assim, mostro como as rotinas são influenciadas pela capacidade memorial de cada indivíduo da organização, transformando-as através da improvisação, tanto nas tarefas menores, quanto no planejamento estratégico dela. [METODOLOGIA] Estudo, análise e discussão de textos acadêmicos já publicados sobre o assunto, leitura de livros especializados na área de jazz, entrevista com repentistas. [Resultados] Com o estudo da improvisação nas artes, foi possível identificar pontos de comparação entre as relações nas artes e na organização, com estudos de conceitos bastante utilizados no novo estudo organizacional. Foi possível, também, inserir um pequeno estudo sobre um estilo musical brasileiro pouco difundido e estudado em nosso país, que é o repente. [CONCLUSÃO] A improvisação e a rotina estão ligadas de forma que, as duas são necessárias para que a organização consiga se desenvolver dentro de seu movimento cíclico.