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[INTRODUÇÃO] Ganhando expressividade a partir da década de 80, o estudo sobre redes sociais é de extrema relevância para organizações modernas. O objetivo deste relatório é mostrar o resultado de minucioso levantamento bibliográfico da produção acadêmica nacional, no formato periódicos, compreendido no intervalo de 1990-2003 e nesse sentido servir como suporte para novas pesquisas. [METODOLOGIA] Levantamento bibliográfico de periódicos nacionais (Revista de Administração de Empresas – RAE; Revista de Administração Pública – RAP; Revista de Economia Política – REP; Revista de Administração da Universidade de São Paulo – RAUSP; Organizações e Sociedade – O&S; Revista Brasileira de Ciências Sociais – RBCS; Revista de Administração Contemporânea – RAC). [Resultados] Os temas mais recorrentes no material analisado são a questão da economia dos custos de transação em empresas que se organizam em redes; o advento do novo arranjo institucional congregando inúmeros atores sociais – paradigma de redes; as alianças estratégicas interoganizacionais; os processos de cooperação entre instituições como o poder público, empresas, ONGs com ênfase nas relações de cooperação entre universidades e empresas; a formação de pólos tecnológicos e o desenvolvimento regional, o poder público enquanto facilitador/articular de parcerias entre instituições distintas; a informação enquanto ferramenta estratégica; e a revisão da teoria econômica ortodoxa principalmente no que tange à teoria da firma em função do advento da abordagem de redes. [CONCLUSÃO] A abordagem de redes, a partir da segunda metade da década de 90, foi utilizada, com maior incidência, por muitos autores para explicar fenômenos organizacionais contemporâneos. As redes utilizadas para políticas públicas, envolvendo o Terceiro Setor e a sociedade civil, apresentam-se como ferramenta eficiente para lidar com questões sociais, ambientais, serviços públicos etc., onde o Estado tem se mostrado ineficente ou omisso . A organização de empresas em torno de redes promove redução de custos de transação, aprendizagem organizacional, compartilhamento de riscos, transferência de tecnologia, compartilhamento de informações estratégicas, complementaridade de produção e, para o caso de micro e pequenas empresas, pode configurar-se como única alternativa para sobrevivência no mercado. Por intermédio da rede, micro e pequenas empresas aumentam seu poder de barganha, seu acesso à crédito, além das demais vantagens supracitadas. A abordagem de redes é utilizada para explicar processos como alianças estratégicas, parcerias, relações interorganizacionais diversas, além de serem o pano de fundo para o desenvolvimento regional, onde atores sociais distintos com interesses considerados, às vezes, conflitantes se mobilizam em torno de um objetivo comum (como atrair uma grande empresa a se instalar em determinada região) e promovem o crescimento de um município, estado, e/ou região.