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[INTRODUÇÃO] O benchmarking é reconhecido como uma das ferramentas de management mais importantes para a criação de sistemas empresariais mais efetivos e eficientes, fundamentais para aumentar a competitividade das empresas. Observando historicamente o benchmarking, verificamos a existência de dois períodos distintos. O primeiro se caracteriza pelo surgimento das práticas de benchmarking até sua disseminação como uma reconhecida ferramenta empresarial na década de 80, período em que a competição era essencialmente doméstica. Já o segundo presencia o surgimento de blocos econômicos, da globalização e intensificação da competitividade. Tais mudanças afetaram os processos empresariais e o papel do benchmarking para as empresas, que não podem mais restringir sua competitividade para limites de mercados locais ou até mesmo nacionais. [METODOLOGIA] O levantamento bibliográfico foi realizado não só no Brasil - através de livros, Internet, jornais, revistas -, como também houve um levantamento das últimas publicações sobre benchmarking nos Estados Unidos realizado pelo professor orientador no World Trade Institute of Pace University. Além disso, foram realizadas entrevistas com profissionais de empresas de diferentes setores do mercado (indústria, consultoria, banco, instituição de ensino, setor de saúde e telecomunicações). Tais entrevistas tinham como objetivo identificar principalmente o conceito de benchmarking entendido pela empresa, a importância das práticas de benchmarking para as empresas no contexto globalizado atual e se as empresas realmente estão abertas a tais práticas. [RESULTADOS] Foi possível verificar a existência de várias gerações de benchmarking (da Engenharia Reserva até Benchmarking Global) na história e que podem ser entendidas como evoluções dos conceitos de benchmarking, cujos tempos de introdução vem se tornando cada vez mais rápidos. Tais evoluções estão alinhadas com os momentos econômicos pelos quais as empresas estão inseridas. O momento atual, caracterizado pela concorrência global, obriga as empresas a buscarem as melhores práticas para comparar processos, alinhar-se com os novos requisitos de qualidade, etc. No entanto, neste processo, é necessário considerar a interação do benchmarking com outras áreas de estudo; estrutura organizacional da empresa, administração, gerenciamento de projetos, Total Quality Management, Ética e a Economia. [CONCLUSÃO] A pesquisa serviu para verificar que apesar do contexto econômico caracterizado sobretudo pela globalização, que obriga as empresas a otimizar seus processos, investindo em tecnologia, o termo benchmarking se tornou um certo “modismo”, ou seja, uma grande variedade de conceitos são utilizados e acabam ficando sendo aplicados apenas na teoria, grande parte deste modismo se deve à sua aplicação, em muitos casos, somente para a obtenção de certificados como ISO 9000. Outra importante conclusão foi que como o universo está cada vez mais restrito para compartilhar informações, as empresas possivelmente não estão abertas para divulgar suas melhores práticas, que representam suas vantagens competitivas e, diante desta dificuldade de realização de benchmarking funcional e competitivo, podemos verificar uma fase de intensificação do benchmarking interno, através do qual as empresas buscam suas melhores práticas internas, principalmente após fusões, cada vez mais crescentes com a globalização, entre grandes empresas.