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[INTRODUÇÃO] Nos últimos anos a economia brasileira tem passado por profundas transformações. A abertura econômica e a intensificação do processo de globalização por um lado, e a estabilização da moeda por outro levaram a transformações profundas em vários setores da economia. O setor varejista de um modo geral e, dentro deste, o setor de alimentos não ficou de fora destas transformações. O crescimento da concorrência que deixou de ser apenas interna com a entrada de grandes multinacionais como o Carrefour e o Wall Mart, reduziu as margens de lucro, elevando ainda mais a importância de medidas no sentido de redução dos custos e aumento da produtividade. Portanto, na incapacidade de elevação de preços e, conseqüentemente, aumento na margem de lucro tornou-se ainda mais necessário focalizar esforços na redução de custos. Neste sentido, no setor de varejo principalmente, novas metodologias para gestão de estoques passaram a receber uma atenção especial, fato que daria subsídios ao desenvolvimento desta pesquisa. [METODOLOGIAI O projeto consiste em duas fases bem distintas. Na primeira delas foi realizado um levantamento bibliográfico dos métodos de controle de estoques disponíveis, e do método de análise que possibilita a caracterização do modelo mais adequado a cada tipo de mercado. Na segundo fase foi realizado um estudo de caso em uma loja de conveniência da rede Hungry Tiger-ESSO, onde se verificou como os estoques estavam sendo administrados e foram propostas algumas melhorias. [RESULTADOS] Com a análise bibliográfica ficou claro as diferenças entre as funções do estoque em cada setor da economia, e com isso foi possível determinar que método se enquadraria melhor ao setor de varejo. Na análise da loja de conveniência verificou-se uma sistema administrativo familiar que, na verdade, não possuía estrutura alguma de forma sistematizada que possibilitasse o controle e uma melhor administração de estoques. Além disso, foi possível constatar um número excessivo de relatórios que na maioria dos casos não eram nem lidos. [CONCLUSÃO] Teve-se contato com um típico exemplo de microempresa de administração familiar onde o sistema administrativo não segue nenhuma sistemática científica, por isso foi possível perceber um índice elevado de faltas (perdas), uma subutilização da tecnologia de informação (foi registrado grandes diferenças entre o estoque contábil e o inventário real). Os índices financeiros nunca eram utilizados para se ter uma idéia da situação da empresa. Com isto, ficou claro a necessidade de unia (re)estruturação imediata da loja e de seus processos para que se tenha números confiáveis para se trabalhar e se calcule índices formando um banco de dados que possibilite verificar os resultados das modificações nas gestão de estoques que deverem ser introduzidas.