[INTRODUÇÃO] Desde a abertura comercial brasileira para o mercado automobilístico mundial inserida no processo de globalização da economia, as montadoras e o ramo de autopeças da indústria de veículos automotores brasileira vêm passando por profundas mudanças e reestruturações para atender a padrões internacionais de qualidade e preço. De acordo com trabalhos anteriores, pudemos verificar que alianças estratégicas (parcerias) entre as empresas do ramo de autopeças foram e têm sido feitas com o objetivo de ganhos de produtividade e competitividade. Essas associações indicam que somente os mais fortes e competitivos sobreviverão, sendo que muitas empresas deste ramo tendem a sair do mercado ou se tornarem fornecedores de segunda linha, subordinados a outros que operarão diretamente com as montadoras. Neste movimento, surge a questão do desemprego, como conseqüência do “enxugamento” do setor, além dos efeitos do ganho de produtividade por parte das montadoras que, num primeiro momento, sinalizariam uma segunda possível causa para o desemprego. [METODOLOGIA] As principais fontes de consulta foram os anuários estatísticos. (Anfavea/Sindipeças), para as demonstrações de produção, produtividade e emprego. Para a contextualização dos dados, utilizou-se de teses de mestrado e doutorado, artigos de jornal e livros sobre o tema. [RESULTADOS] Além da dificuldade de se pesquisar a respeito do tema, constatou-se que há várias projeções e cenários diferentes para o futuro do emprego na indústria automobilística, dependendo do interesse do órgão que os publicaram (sindicatos patronais ou de empregados). O trabalho teve como objetivo a construção de um cenário, com hipóteses que considerassem argumentos, válidos de diferentes opiniões. [CONCLUSÃO] Verificou-se que, se por um lado as montadoras mantiveram seus postos de trabalho (não configurando um quadro de desemprego), a realidade e futuras projeções para o setor de autopeças indicam que haverá desemprego neste setor. Mesmo que alguns trabalhadores egressos deste setor fossem empregados pelas montadoras, o saldo total da indústria automobilística indica como resultado o desemprego.