Curso:
- MPGC
Área de conhecimento:
- Gestão da Saúde
Autor(es):
- Antonio Shenjiro Kinukawa
Orientador:
Ano:
Na saúde, as necessidades são ilimitadas e os recursos escassos. A situação atual e as perspectivas para a saúde brasileira levam à reflexão sobre a busca de novos caminhos para impulsionar a qualidade e reduzir os custos dos tratamentos de saúde cujos resultados poderiam ser melhorar e aumentar o acesso aos serviços e as informações por parte dos pacientes. Porter e Teisberg (2007) lançaram um novo olhar sobre a qualidade e os custos com o conceito de cuidados em saúde baseado em valor medida pela equação de valor: qualidade dividida pelo custo para todo o ciclo de tratamento. O tema do presente trabalho aplicado, medição de valor em saúde, busca responder à pergunta: qual a viabilidade da implementação no Brasil de um modelo de mensuração de cuidados em saúde baseado em valor nos moldes propostos por Porter e Teisberg (2007)? O objetivo é analisar, através da elaboração de um modelo prático, a viabilidade de implementar a equação de valor dos autores. Trata-se de trabalho de desenvolvimento de um modelo quantitativo teórico visando aplicação prática. O tratamento é o da catarata e em clínica oftalmológica. O Indicador de Valor do Tratamento (IVT) é o resultado da divisão da Nota da Qualidade (NQ) pelos custos do tratamento completo (C). Os cálculos, em planilha eletrônica, estão conciliados assegurando as integridades da lógica do sistema e dos resultados e a escalabilidade do modelo. Para obter custos prospectivos foi elaborado, previamente, o orçamento empresarial da empresa. Os resultados auferidos permitem considerar que é possível implementar no Brasil um modelo de mensuração de cuidados em saúde baseado em valor. Além de vislumbrar mais qualidades e racionalização de custos, a sinergia entre as áreas assistenciais, administrativas e financeiras permitem gerar informações úteis para a gestão da saúde. Os volumes e as relevâncias das informações compartilhadas pedem firmes compromissos e confianças entre os participantes. A maior experiência como um piloto deve validar e aprimorar o modelo. A quantidade de participantes do sistema de saúde, públicos e privados, dimensiona o tamanho do sonho de uma saúde com mais qualidade e menor custo.