Dentro de um cenário cada vez mais competitivo, com pressões para o aumento da lucratividade e do desempenho da cadeia de suprimentos, a logística reversa tem tido um papel cada vez mais relevante. Dentre os processos da logística reversa, observa-se uma lacuna nas pesquisas relacionadas à retirada de equipamentos eletrônicos em comodato da casa de clientes finais. Muitos estudos estão concentrados em equipamentos em fim de uso para fins de descarte, porém equipamentos fornecidos na forma de comodato têm possibilidade de reutilização, o que representa, além de um aspecto ecológico, um elemento com impacto financeiro nas organizações. Embora nem sempre as empresas obtenham êxito na tentativa de se retirar estes equipamentos da casa dos clientes, dado diversas barreiras presentes na logística reversa, observa-se que algumas empresas possuem sucesso superior às demais. Para identificar quais as barreiras presentes na retirada destes equipamentos e o que diferenciam as empresas com resultados superiores daquelas com resultados inferiores, foi realizado um estudo exploratório/comparativo de casos múltiplos, tendo sido entrevistados gestores responsáveis por este serviço de seis empresas prestadoras de serviço de retirada no período de abril a outubro de 2018. Os resultados da pesquisa mostram que há barreiras que são comuns a todas as empresas, há algumas que afetam apenas aquelas que apresentam resultado baixo no sucesso de retiradas, além de barreiras que são tratadas de maneiras diferentes pelos dois grupos de empresa (alto e baixo desempenho). Os resultados apresentados podem ser utilizados pelas organizações para que possam melhorar seu resultado no desempenho de retirada de equipamentos, aumentando desta forma sua competitividade.