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Pesquisa em foco: Why join a carbon club? A study of the banks participating in the Brazilian “Business for Climate Platform”
Mesmo não sendo emissoras importantes de gases de efeito estufa, grandes instituições financeiras do Brasil participam de clubes para reduzir missões de carbono, de modo a influenciar regulamentações e ganhar conhecimento e reputação.
Objetivo: Identificar as motivações que levam bancos, que não possuem altas emissões diretas de carbono, a participarem de iniciativas voluntárias ambientais no Brasil
Raio X da pesquisa
• Pesquisa de campo realizada em quatro grandes bancos que atuam no Brasil (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e HSBC), membros da iniciativa ambiental voluntária “Plataforma Empresas pelo Clima” (EPC), do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces).
• Realização de entrevistas com funcionários da área de sustentabilidade dos bancos. • Análise de relatórios de sustentabilidade e relatórios Carbon Disclosure Project (CDP) emitidos pelas empresas.
Resultados
• As seguintes motivações levam à participação de bancos em iniciativas voluntárias de redução de emissões de carbono: (i) possibilidade de influenciar o ambiente regulatório; (ii) ganho reputacional; (iii) ganhos com pioneirismo e inovação; (iv) acesso a conhecimento; e (v) mitigação de riscos.
• Pressões de consumidores e da sociedade, padrões de comportamento do setor baseados em acordos voluntários, são fatores institucionais que levam os bancos a participarem de iniciativas voluntárias ambientais.
O que há de novo
• O estudo mostra que bancos, apesar de não possuírem altas emissões diretas de gases de efeito estufa (GEE), participam de iniciativas voluntárias cujo objetivo é gerir e reduzir essas emissões, agindo de maneira proativa diante das pressões e oportunidades.
• Como o mercado brasileiro é pouco regulamentado em relação às mudanças climáticas, percebe-se que os grandes bancos do Brasil fazem a escolha estratégica de participar de iniciativas voluntárias porque têm capacidade e recursos para isso (por exemplo, são lucrativos, têm operações internacionais e são listados no mercado de ações).
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