Quem São e o que Pensam Profissionais sem Vínculo Formal de Trabalho

Autor(es): 

Marcia Carvalho de Azevedo, Maria José Tonelli e André Luis Silva

Ano: 

2015

Pesquisa em foco: Contratos flexíveis de trabalho: Diferentes perfis de trabalhadores qualificados brasileiros

PJ, paraquedista, indiferente, pragmático, independente, autônomo, empresário, ressentido e CLT: são heterogêneas as experiências flexíveis de trabalho.

Objetivo: Perceber como profissionais vivenciam contratos flexíveis de trabalho.

Raio X da pesquisa

• Realização de 43 entrevistas com profissionais de quatro cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Brasília), que possuem contrato flexível de trabalho com apenas uma empresa. • Análise qualitativa dos dados.

Resultados

• Foram identificados nove perfis de trabalhadores:

• PJ: Gosta de ser pessoa jurídica, principalmente pela possiblidade de maior liberdade e autonomia.

• Paraquedista: Profissional de TI que teve que aceitar o contrato flexível, o qual se tornou corriqueiro no setor.

• Indiferente: Para ele, o tipo de contrato de trabalho é irrelevante. • Pragmático: Analisa custos e benefícios, principalmente em relação à remuneração.

• Independente: Busca maximizar seus ganhos e limitar as horas trabalhadas, para aproveitar as múltiplas dimensões da vida. • Autônomo: Valoriza a criação e recusa trabalhos que não lhe interessam.

• Empresário: Trabalha muito, com o objetivo de abrir a própria empresa.

• Ressentido: Transparece mágoa e reclama de falta de reciprocidade no relacionamento com as empresas que estabelecem contratos flexíveis.

• CLT: Depois de trabalhar como PJ, preferiu contrato formal de trabalho.

O que há de novo

• Os nove perfis contribuem para um melhor entendimento da heterogeneidade dos sentimentos em relação às experiências flexíveis de trabalho.

• O trabalho flexível não é sinônimo de trabalho precário, pois não acarreta, necessariamente, prejuízos do ponto de vista profissional ou pessoal.

• Os profissionais atuantes sob contratos flexíveis, por mais que aparentemente exerçam atividades similares, compreendem de maneiras diferentes o cotidiano do mercado em que atuam.

• O Brasil não favorece que as formas flexíveis de trabalho sejam experimentadas com facilidade, exceto em casos em que se podem conciliar demandas profissionais e domésticas.

Entre em contato com a professora Maria José Tonelli

Conheça as pesquisas realizadas pela professora Maria José Tonelli