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Pesquisa em foco: Influência da tecnologia interativa síncrona e da adaptação metodológica sobre a intenção de continuidade de uso da educação a distância
Mesmo que não se entusiasmem com os conteúdos, os usuários da educação a distância querem uma tecnologia de fácil adaptação e um tipo de curso que impulsione sua carreira.
Objetivo: Avaliar o que leva os alunos a continuar os estudos em educação a distância (EaD).
Raio X da pesquisa
• Realização de um curso no ambiente virtual de aprendizagem Moodle com 2.376 pessoas de todo o Brasil. Metade do grupo contou com recursos básicos (fóruns, mensagens diretas e aulas gravadas em vídeo) e a outra metade, com aulas ao vivo por videoconferência (tecnologia interativa síncrona, capaz de proporcionar interação em tempo real).
• Tratamento dos dados e análise estatística.
Resultados
• As tecnologias que promovem interação ao vivo não garantem o retorno do aluno aos cursos de EaD.
• A adaptação do aluno à metodologia é importante fator de satisfação da percepção do quanto o curso é útil e da intenção de voltar a estudar pela internet.
• A predisposição para EaD, por faixa etária, trouxe resultados não intuitivos: 77% das pessoas com até 20 anos preferem o estudo presencial, caindo para 46% ao considerar somente as com idade acima de 40 anos, isto é, 54% das pessoas com mais de 40 anos preferem EaD.
• Os diferenciais em um curso on-line são: a qualidade do conteúdo ministrado, a qualidade dos professores e a reputação/qualidade da instituição.
• O usuário considera fatores racionais ao decidir voltar a estudar pela internet, tais como possível promoção no emprego, aumento de salário, aprimoramento profissional – mais do que sua satisfação, ou seja, seu contentamento, entusiasmo e interesse (estes são aspectos que pesam mais para alunos de idade mais elevada e carreira profissional já estabelecida).
O que há de novo
• O estudante brasileiro ainda associa a maior parte do “sucesso” escolar (on-line) ao professor e à instituição, quando de fato a proposta da EaD é tornar o aluno um sujeito independente e construtor de seu próprio conhecimento. É um comportamento herdado do ensino presencial, onde o professor é agente ativo e o aluno apenas precisa “receber” conteúdo.
• Caso o aluno se adapte ao método e acredite que o curso foi útil para sua educação formal e carreira, mesmo que não tenha ficado satisfeito, pode voltar a estudar virtualmente no futuro.
• Antes de oferecer os cursos, é importante fazer uma investigação sobre as expectativas do público-alvo, de modo a aproximar a proposta de ensino à realidade do aluno.
Entre em contato com o professor Fernando de Souza Meirelles
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